sexta-feira, maio 06, 2005

Amores Perros (2000) de Alejandro Iñarritú



A eficiência com que Iñarritú consegue penetrar com a camera as suas personagens é algo de fantástico. A sua pequena grande habilidade para manejar uma camera é uma proeza que nem todos conseguem. É fantástica a maneira como o seu modo de filmar consegue que o espectador se aproxime da história, quase que sinta o mesmo que as personagens ali representadas. Neste filme, Iñarritú mostra o seu talento em lidar com emoções humanas e passá-las aos espectadores através apenas de fotogramas. É aqui que reside a magia do cinema, a qual Iñarritú demonstra nos dois filmes que até agora realizou por completo.

Amores Perros cruza três histórias que, apesar de não estarem tão bem ligadas como em 21 Grams, estão magnificamente contadas, o que é resultado de um argumento bem escrito, com uma narrativa fluída e uma montagem assombrosa; montagem essa que se viria a repetir em 21 Grams. Uma magnífica experiência cinematográfica que nos leva ao coração das lutas de cães, dos bairros desfavorecidos e, acima de tudo, da vingança, da traição e do perdão.

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