terça-feira, maio 03, 2005

Enduring Love (2005) de Roger Michell


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Enduring Love, um drama adaptado da obra de Ian McEwan com o mesmo nome, é a história de Joe, um homem que se vê envolvido num trágico e insólito acidente. Aí conhece Jed, um homem que iria alterar para sempre o rumo da sua vida.

É desta premissa que Enduring Love começa a desenvolver a sua narrativa, e começa muito bem. O início do filme é, aliás, o melhor momento cinematográfico da película, onde a fotografia e o contraste entre o verde do campo e o vermelho do balão originam um momento visual muito bonito. Mas, depois disto, o filme acaba por cair num amadorismo impressionante. A realização de Roger Michell, que, no início, se apresentou muito bem, começa com o desenrolar do filme a tornar-se enfadonha, sendo que a montagem consegue tudo aquilo que não se pede, ou seja, tem o dom de retalhar o filme em pedaços, e cujo raccord simplesmente não existe.

No entanto, o filme consegue apresentar-nos três boas prestações que lhe dão uma certa qualidade. De facto, Daniel Craig, Samantha Morton e Rhys Ifans têm actuações bastante seguras, principalmente o primeiro, que demonstra ter capacidades para construir um bom personagem principal (recorde-se que Daniel Craig é um dos nomes apontados para o novo James Bond).

Desta forma, pode-se dizer que Enduring Love é um filme falhado. Com demasiadas pretensões, o que é visível ao longo do filme, este falha em quase todos os aspectos. Salvam-se a cena inicial e os actores.

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