quinta-feira, dezembro 29, 2005

Nas salas esta semana

DESTAQUE DA SEMANA
Odete
De JOÃO PEDRO RODRIGUES, Com ANA CRISTINA DE OLIVEIRA, JOÃO CARREIRA, CARLOTO COTTA, NUNO GIL e TERESA MADRUGA

Vindo do aclamado realizador de O Fantasma e do mesmo argumentista, e após receber uma menção honrosa em Cannes, este filme português não poderia deixar de ser o destaque da semana. Ainda para mais quando temos como tagline "O que é que se faz à vida depois de alguém morrer?". Já este ano tivémos Alice de Marco Martins, um filme belíssimo, vindo de um cineasta português. Será que esta mudança é para ficar?

Outras Estreias:
The Descent
O novo filme de Neil Marshall, o realizador de Dog Soldiers, promete ser um excelente exercício de suspense. O filme parte da premissa de que um grupo de jovens exploradoras geológicas acaba fechado numa gruta, devido a uma expedição que correu mal.

Revolver
Esta nova obra de Guy Ritchie promete seguir o estilo das anteriores obras do realizador, não sendo por isso desinteressante, e até pode aqui estar presente uma boa dose de entretenimento.

The Man
Não promete mais do que ser uma comédia agradável, e quem o for ver não deverá esperar mais do que isso. Não me parece que seja algo inovador, mas também não deve ofender.

Waiting...
Este filme tanto pode ser uma grande surpresa como uma grande decepção. A mim parece-me que até pode funcionar como um entretenimento eficaz, mas não me pronunciarei mais sem o ter visto.

Joyeux Noel
Um filme passado na guerra pela época natalícia parece ser uma boa premissa. Veremos é se será desenvolvida com qualidade. Se assim for poderemos estar perante uma pérola de filme. Ou então não.

My Date with Drew
Um documentário que parte de uma premissa curiosa: são dados trinta dias e 1100 dólares a um rapaz comum se conseguir ter um encontro com a estrela Drew Barrymore.

Darwin's Nightmare
Também um documentário, que alerta para os efeitos da pesca no lago da Tanzania no Nilo.

Vaniglia e cioccolato
Não faço a miníma ideia do que trata este filme, apenas que é uma comédia romântica. Vão, à vossa sorte.

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Nas salas esta semana

DESTAQUE DA SEMANA
The Corpse Bride

De TIM BURTON e MIKE JOHNSON, Com (Vozes) JOHNNY DEPP, HELENA BONHAM CARTER, EMILY WATSON, TRACEY ULLMAN, ALBERTI FINNEY, MICHAEL GOUGH e CHRISTOPHER LEE

Não há muito a dizer. Tim Burton regressa à animação de volumes, 12 anos após The Nightmare Before Christmas. Espera-se nada menos do que o melhor filme de animação do ano, mundos maravilhosos, música magnífica de Danny Elfman... enfim, espera-se magia.

Outras Estreias:
The Family Stone

Um belo elenco, de que se diz poder vir a ter alguns nomes entre os nomeados para a próxima edição dos Oscars. As opiniões críticas são diversas, mas é sempre um prazer rever Diane Keaton no grande ecrã.

Santa's Slay
Tem todo o ar de produção série B, com Pais Natal demoníacos. E acho que nenhum de nós resiste a um tema tão forte como este... Bem, vamos ver o que raio vai sair daqui


Bom Natal a todos os visitantes do Eternal Sunshine

Cinema em Casa

Como todos sabemos o Natal é para as crianças. Desta forma e como todos temos uma criança dentro de nós , os destaques desta semana são apenas filmes de animação. Claro que haveriam outros destaques a fazer, mas é Natal e este não pode passar sem um bom filme deste género. Não, não é o Speedy Gonzales nem a Pequena Sereia, são de animação mas são recentes e marcantes dentro do seu estilo. Espero que gostem e que se divertam.


Os filmes são:

Spirited Away (2001) de Hayao Miyazaki



Um túnel misterioso e uma cidade fantasma conduzem a jovem Chihiro e a sua família à terra dos espíritos, povoado por deuses e monstros, e governada pela gananciosa Yu-Baba. Depois de comerem uma refeição proibida, os pais de Chihiro são castigados e transformados em porcos. Para os tentar salvar ela terá que renunciar o seu nome e prestar serviço no mundo dos espíritos.
Um dos filmes mais amados e consensuais de animação que ganhou com justiça (dizem, porque ainda não o vi) o respectivo Óscar. De Miyazaki, que este ano já nos trouxe o Howl's Moving Castle este é sem dúvida o filme que espero que me surpreenda.

Sábado, 15:00, 2:

Chicken Run (2000) de Nick Park e Peter Lord



Na quinta de criação de galinhas do casal Tweedy, situada algures em Inglaterra, a corajosa e persistente galinha Ginger procura conduzir as restantes companheiras de cativeiro a uma fuga organizada. Todavia, as tentativas de evasão resultam sempre em fracasso… até surgir na quinta um galo americano e bem-falante chamado Rocky.
Um filme dos mesmos criadores de Wallace and Gromit... é preciso dizer mais alguma coisa?

Sábado, 00:30, Sic

Ice Age (2002) de Chris Wedge



A história gira em torno de três inesquecíveis personagens: um mamute peludo e rezingão, uma irreverente e intratável preguiça, e um manhoso tigre dentes-de-sabre. A este grupo de incompatíveis figuras, junta-se um inesperado 'passageiro', um bébé humano, na maior jornada de todos os tempos.
Um filme mais amado pelos público do que pela crítica, mas que foi um tremendo sucesso. Resultado? Ice Age 2 no próximo Verão.

Domingo, 14:OO, TVI

Les Triplettes de Belleville (2003) de Sylvain Chomet



Esta é a história do pequeno e melancólico Champion, que é educado pela avó, Madame Souza, para vir a ser um grande ciclista. Mas um dia, anos mais tarde, Champion, que está a participar no celebérrimo Tour de France, é raptado por dois misteriosos homens vestidos de negro. A avó e o fiel cão Bruno partem então à sua procura, numa viagem que os leva até o outro lado do oceano, até Belleville, onde encontram as “triplettes”, excêntricas estrelas do music-hall dos anos 30 que decidem ajudar Madame Souza e o cão.
Um filme de animação diferente, que foi indicado ao Oscar de Melhor Filme de Animação e Melhor Música e que recebeu rasgados elogios da crítica mundial. Obrigatório.

Domingo, 19H30, 2:

P.s - Bons filmes e um Excelente Natal

[Sinopses: 7arte.net]

domingo, dezembro 18, 2005

Satyricon (1969) de Federico Fellini



Coisa bem estranha, este Satyricon de Federico Fellini. Por um lado, temos um espectáculo visualmente deslumbrante, com uma direcção de fotografia, artística, guarda-roupa impecáveis, um grandioso sentido de encenação e a irreverência e vitalidade habituais da câmara do realizador italiano. Por outro temos um desfile de excessos que, ao contrário do que acontecia em outras obras de Fellini é... bem... excessivo. São pedófilos, homossexuais, sádicos, assassinos... é a impotência, terramotos, o Minotauro e um semi-deus Hermafrodita.

Tudo isto bebe a sua inspiração no clássico de Petrónio e, aparentemente, pouco ou nenhum sentido faz ao espectador comum. Nem a qualquer outro tipo, já que estamos a falar nisso. Assim, pouco mais nos resta do que nos deliciarmos com as qualidades geniais do cinema de Fellini, enquanto artista visual e também, sejamos juntos, delirar um pouco com o seu mundo à parte, onde convivem todo o tipo de personagens, cada uma mais extravagante, estranha ou demente do que a anterior. E sim, o filme tem momentos em que se atinge o cume da sátira e do humor negro, bastante certeiro, idiota por vezes, no melhor dos sentidos. Mas por outras consegue até cansar um pouco, principalmente porque quem assiste nem sempre tem a certeza do que raio se está a passar no ecrã. Ainda assim, os momentos bons são mesmo muito bons. Os outros, bem, são necessários enquanto se espera por nova prova de génio.

sábado, dezembro 17, 2005

Blow-Up (1966) de Michelangelo Antonioni



Melhor do que ter a oportunidade de ver esta obra-prima de 1966, realizada pelo excelente Michelangelo Antonioni só mesmo fazê-lo numa sala de cinema. Mesmo com uma cópia já visivelmente danificada e precárias condições acústicas, o filme não deixa por um segundo de ser completamente absorvente. E é-o pela simples razão de que deixa o espectador em suspenso do início ao fim e... mesmo depois disso. Trata-se de um filme que pela sua plena ambiguidade permite-nos absorvê-lo de tantas formas diferentes.

A história: um fotógrafo aparentemente cheio da vida que leva, da superficialidade das belas modelos que diariamente fotografa, envolve-se num misterioso caso quando, por acaso, se lembra de fotografar um casal de apaixonados num jardim. Não será por acaso que este protagonista é um fotógrafo, como também não será por acaso que toda a obra está polvilhada de pequenos pormenores que nos permitem fazer o nosso próprio filme. Para mim, atingiu-me como um filme sobre o vazio, sobre a parte oca da vida que, curiosamente ou talvez não, foi realizado numa época onde supostamente a liberdade era a palavra de ordem. Trata-se, em todo o caso, de um filme a descobrir e, mais importante ainda, a construir. Uma coisa é certa: é fabuloso e insiste em não nos abandonar depois do seu visionamento.

Cinema em casa

Esta é a ultima semana antes do Natal, e se esperavam grandes destaques televisivos desenganem-se pois tal não vai acontecer. De facto, esperava outros filmes nesta semana mas, atenção, os filmes escolhidos têm também bastante interessante.

Senão, vejamos:

The Dancer Upstairs (2002) de John Malkovich



Enquanto uma nação latino-america quase entra em conflito devido a um movimento terrorista altamente organizado, Agustin Rejas, um polícia idealista, enfrenta o maior desafio da sua carreira: prender o misterioso chefe guerrilheiro Ezequiel.
De certo, que muitas pessoas ainda não virem este filme, como eu, ou nem sequer o conhecem. No entanto, penso que um filme realizado por Malkovich e que conta com desempenhos de Javier Bardem e.... Alexandre Lencastre (!) é uma boa sugestão para um final de noite.

Sábado, 00:00 RTP1

The Motorcycle Diaries (2004) de Walter Salles



Na década de 40, Ernesto Guevara de la Serna, o futuro “Che”, e o seu grande amigo Albert Granado, partem de Buenos Aires para um périplo de meses por toda a América do Sul, viagem essa que os leva a observar factos que nunca lhes tinham chamado a atenção e, como consequência, a ver a vida sob um prisma diferente...
Sem rodeios, este é um filme obrigatório. Com desempenhos fantásticos de Gael Garcia Bernal e Rodrigo de La Serna, um argumento prodigioso, uma realização irreprensível e uma fotografia excelente, The Motorcycle Diares foi um dos melhores filmes de 2004.

Sábado, 19:25, Lusomundo Premium

Harry Potter and the Prisoner of Azkaban (2004) de Alfonso Cuarón



Harry passou mais um difícil verão na companhia dos seus horríveis parentes. Ele bem tentou comportar-se e não praticar magia, mas quando uma tia os vem visitar , ele ‘acidentalmente‘ transforma-a num monstruoso balão.Receoso da punição dos tios e das repercussões em Hogwarts e no Ministério da Magia, Harry foge para um pub onde se depara com um perigoso e enigmático feiticeiro.
Um dos filmes mais apreciados da saga Harry Potter, e um dos filmes mais vistos e amados do ano passado: duas razões para o verem.

2ª Feira, 22:00, Lusomundo Premium

The Lord of the Rings: The Two Towers (2002) de Peter Jackson



Frodo Baggins e o seu inseparável amigo Sam continuam a caminhada para Mordor onde deverão destruir o Anel afastando-o definitivamente das garras de Sauron, o senhor do mal. Enquanto isso, Aragorn, Legolas e Gimli procuram os hobbits Pippin e Merry. Mas se a Frodo e a Sam se depara Gollum, criatura que tentará apoderar-se do Anel, Aragorn e companheiros juntar-se-ão às tropas de Rohen numa sangrenta batalha travada no Abismo de Helm e que visa defender o mundo dos homens do ataque em massa dos exércitos de orcs e huruk-hai, monstros às ordens do maléfico Sauron.
Este filme é, na minha opinião, o menor da saga. No entanto, isso não quer dizer que seja mau, longe disso, sendo um filme que se recomenda.

4ª Feira, 00:15, SIC

Rear Window (1954) de Alfred Hitchcock



Um fotógrafo é obrigado a ficar em casa por causa de uma perna partida e acaba por passar os dias a observar os vizinhos. Depois de ver estranhas movimentações na casa do seu vizinho da frente, está convencido que este matou a mulher.
Para recomendar este filme? Uma das obras-primas de Hitchcock e uma das obras incontornáveis da historia do cinema.

6ª feira, 23:30, Hollywood
[Sinopses: 7arte.net]

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Nas salas esta semana

DESTAQUE DA SEMANA
King Kong

De PETER JACKSON, Com NAOMI WATTS, ADRIEN BRODY, JACK BLACK e ANDY SERKIS

Não haveria hipótese de escolher qualquer outro para a estreia da semana. Até porque mais do que estreia da semana, estaremos talvez até a falar na estreia do ano, tal tem sido a campanha publicitária para este regresso de Peter Jackson. O remake do clássico dos anos 30 tem tudo para vencer nas bilheteiras e é, sem hesitações, um excelente filme (podem ler o meu comentário no post anterior).

Outras Estreias:
The Great Raid

Do realizador de Rounders chega-nos aquilo que parece um interessante filme, situado em plena Segunda Guerra Mundial. Ao que parece, temos mais uma história sobre um grupo de soldados numa missão de resgate de prisioneiros de guerra. Talvez não seja uma má escolha assistir a este filme...

Shopgirl
É Steve Martin de regresso. Isso por si só já deveria ser mais do que suficiente para deixar os cinéfilos a salivar. O excelente comediante regressa num filme com argumento da sua autoria... baseado num livro também seu. E faz-se acompanhar de um elenco de respeito. Ou muito me engano ou temos filme bem interessante.

Le Roman de Renart
É cinema de animação, vem da França, é a cores e sinceramente não me parece que valha grande coisa. Em todo o caso, convém ver antes de o comentar, e como ainda não vi, reservo comentários para os leitores que o pretendam fazer...

King Kong (2005), de Peter Jackson



Peter Jackson parece ter renunciado de vez ao estatuto que o tornou num nome de culto do cinema de série B para se entregar a um outro, bem mais confortável, de realizador de culto das grandes produções, quando se dedicou a levar ao acrã a trilogia de Tolkien, O Senhor dos Anéis. E por lá parece decidido a ficar, agora que nos traz este remake milionário do mítico King Kong.

Pessoalmente, estou longe de ser o maior fã da saga dos Anéis, embora reconheça perfeitamente o mérito do realizador e a crença na sua visão, e não me custe mínimamente a compreender o entusiasmo em torno desses filmes. Com Kong, a história é outra: o filme não só tem tudo para ser dos grandes êxitos do ano como é mesmo um muito bom filme de aventuras e... um pouco mais do que isso. Penso que todos já conhecem a história, mas aqueles que viram o clássico dos anos 30 obviamente irão encontrar entre ambas as abordagens, as devidas diferenças. Jackson dispõe actualmente do melhor que Hollywood tem para oferecer em termos de valores de produção, e aproveita-os ao máximo, colocando o espectador diante de um mundo completamente à parte.

Como defeito, se é que assim se lhe pode chamar, temos um Jackson com a tendência habitual de espremer ao máximo as cenas de acção, tornando-as quase sempre demasiado longas, o que lhes retira algum do interesse inicial. Ainda assim, podia ser bem pior, e para compensar isso temos um excelente desenvolvimento das personagens, momentos realmente comoventes e mais uma prova de que não há limites para o uso de efeitos digitais no cinema moderno. Peter Jackson pode não ser o maior realizador do mundo (não o é, nem de perto nem de longe), mas é certamente uma mais valia muito importante no mundo do cinema, um visionário e um apaixonado. E o cinema só tem a agradecer-lhe.

terça-feira, dezembro 13, 2005

Cinema em Casa - Especial

Na última edição da rubrica "Cinema em Casa" houve um filme que me passou, de forma imperdoável, despercebido. Como penso que se trata de uma obra obrigatória aqui fica o destaque.

The Sea inside (2004) de Alejandro Amenábar



Ramón é um tetraplégico que está preso a uma cama há trinta anos. A sua única janela para o mundo é a do seu quarto, perto do mar. Desde então que Ramón luta pelo direito a pôr termo à vida dignamente, luta pelo direito à eutanásia. A chegada de duas mulheres à sua vida alterará a sua existência.
Vencedor do Óscar para Melhor Filme Estrangeiro, The Sea Inside foi um dos grandes filmes que estrearam em Portugal no ano de 2005. Com um arrebatador Javier Bardem este é, sem dúvida, uma obra a não perder.

4ª Feira, 23:, RTP1
[Sinose: 7arte.net]

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Cinema em casa

Esta semana, e em virtude de estar com uns problemas com o computador em casa, a rubrica cinema em casa sai à sexta-feira. Outra das curiosidades desta semana é o facto de os três filmes escolhidos serem emitidos em canais públicos portugueses.

Assim sendo, os filmes destacados são:

Noite Escura (2004) de João Canijo



Uma noite escura de inverno algures na província portuguesa. Uma casa de alterne onde está a começar mais um dia de trabalho para a família que a gere, pai, mãe e duas filhas, as raparigas que entretêm e seduzem os clientes, um mundo de falsas aparências e onde os sonhos de uma outra vida acabarão por se desfazer. Porque o pai, a quem um negócio correu mal, se verá obrigado a sacrificar a sua filha mais nova, e assim acabará por destruir toda a sua família...
Com excelentes desempenhos, Noite Escura foi considerado por muitos um dos melhores filmes portugueses. E pode ser que tenhamos o milagre de ser nomeado para a proxima edição dos Óscares.

Sábado, 00:00, RTP1

Pulp Fiction (1994) de Quentin Tarantino



Dois assassinos profissionais devem fazer a cobrança para um gangster; um deles é forçado a sair com a namorada do chefe, temendo passar dos limites; enquanto isso, o lutador de boxe vê-se em apuros por ganhar a luta que deveria perder.
Penso que não será exagero dizer que Pulp Fiction revolucionou o cinema mundial. Com excelentes desempenhos, e sobretudo um inspiradíssimo Tarantino no argumento e na realização, esta é sem dúvida uma obra a ver, para aqueles que ainda não tiveram oportunidade, e a rever, para todos os amantes de cinema.

Sábado, 23:15, 2:

E.T - The Extra-Terrestrial (1982) de Steven Spielberg



Sejamos francos, para quê a sinopse de um dos filmes mais vistos de sempre? Toda a gente, mesmo quem ainda não viu, sabe que este filme é uma emocionante história da amizade que se estabelece entre um E. T. e o pequeno Elliott que o esconde e protege do mundo dos adultos.
Numa altura que tanto se fala de Spielberg e do seu Munich, penso que esta é uma excelente oportunidade para rever um dos filmes mais amados, e consensuais, deste realizador.

Domingo, 15:45, TVI

[Sinopses: 7arte.net]

quinta-feira, dezembro 08, 2005

Nas salas esta semana

DESTAQUE DA SEMANA
Broken Flowers

De JIM JARMUSCH, Com BILL MURRAY, SHARON STONE, JULIE DELPY, CHLOË SEVIGNY, JASSICA LANGE, FRANCES CONROY, TILDA SWINTON

Apesar d'As Crónicas de Nárnia poder vir a ser um dos grandes vencedores da semana em termos de bilheteiras, não poderia deixar de dar o grande destaque a este regresso de Jim Jarmusch ao grande ecrã, cineasta com um currículo bastante interessante, até porque desta vez traz consigo o grande Bill Murray a encabeçar o elenco. E com ele contracenam uma série de estrelas femininas mas, ao que se diz, o filme é todo Murray Murray Murray. E é isso mesmo que nós queremos, de um actor cada vez mais amado e respeitado, que aqui surge com mais uma interpretação minimalista e, aposto, na mouche, tal com nos tem vindo a habituar...

Outras Estreias:
The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe

Mais cinema fantástico, desta vez pela mão do homem que nos trouxe Shrek. Ao que parece, a obra literária carrega consigo um culto assinalável, mas o tom parece talvez demasiado infantil. Seja como for, em termos de números, será certamente o que mais irá facturar nas bilheteiras esta semana.

O Fatalista
Uma obra que parece vir carregada do mesmo tom crítico e irónico de Tráfico, onde João Botelho gozava um pouco com a mentalidade portuguesa. Esse filme era desiquilibrado mas interessante, e arrisco dizer que este seguirá o mesmo caminho. E à partida estará nos antípodas de O Críme do Padre Amaro. O cinema de Botelho não é fácil, mas quando acerta, consegue ser gratificante e, seja como for, podemos sempre esperar um olhar muito português.

The Fog
Filme de terror que nos chega bastante mal recomendado, e que muito provavelmente virá tirar um bom lugar nas salas a obras mais interessantes. É um remake do clássico John Carpenter mas, ao que parece, é de fugir, pelas piores razões. Arrisquem, se quiserem, por vossa conta e risco.

Noel
Um drama natalício assinado pelo curioso Chazz Palminteri, o actor de Balas Sobre a Broadway e argumentista do interessantíssimo A Bronx Tale rodeia-se de um elenco de peso para contar uma história tocante sobre o espírito de Natal. Tem é ar de filma para ver num domingo à tarde na TVI, com tudo de bom e de mau que essa designação carrega. Chega-nos com um ano de atraso...

domingo, dezembro 04, 2005

Limelight (1952) de Charles Chaplin



Estamos provavelmente perante um dos mais belos filmes alguma vez realizados. Desde os primeiros momentos que somos capazes de sentir que estamos na presença de um filme feito com o coração, para atingir o coração de quem o vê. Aquando da sua realização, passada a barreira dos 60 anos e tendo em conta o momento em que a obra foi realizada, no contexto da sua carreira (nesse mesmo ano, viu-se obrigado a abandonar a América devido a suspeitas da sua ligação com o Partido Comunista), Chaplin auto-examinou-se e espalhou na tela todas as suas angústias pessoais, desde o medo da aproximação da morte, a vontade de viver, o amor e, algo de que ele seria a pessoa ideal para falar, o da perda dos seus dons naturais - que no caso de Calvero, o nome da sua personagem, fora o de fazer rir as pessoas com os seus números cómicos.

E é no desencanto optimista (ou no optimismo desencantado) deste palhaço que o filme se centra e nos seduz. Quando salva do suicídio uma bailarina desesperada, Thereza (claire Bloom), encontra também mais uma razão para se prender à vida, juntamente com todas aquelas que não se cansa de enumerar, que fazem a vida valer a pena. Mas todo o positivismo de Calvero não consegue disfarçar a sua insegurança perante aquilo que a vida que ainda tem pela frente lhe trás, nem se consegue libertar do declínio da sua carreira. Mas será que os novos risos de Thereza lhe irão dar o alento de que precisa? A resposta a esta pergunta, não pode ser outra. Quem ainda não viu, que o veja, pois com quase toda a certeza do mundo, irá ficar conquistado...

sábado, dezembro 03, 2005

Cinema em Casa


Depois de várias semanas a destacar diversos filmes, esta semana voltamos ao registo habitual, ou seja, três filmes. Tal decisão não se prende com a minha vontade de o fazer, mas sim pela fraca qualidade em termos cinematográficos que esta semana apresenta.

Os três filmes são:

A Costa dos Murmúrios (2004) de Margarida Cardoso



No final dos anos 60, Evita chega a Moçambique para casar com Luís, um estudante de matemática que ali cumpre o serviço militar. Evita rapidamente se apercebe que Luís já não é o mesmo e que, perturbado pela guerra, se transformou num triste imitador do seu capitão, Forza Leal. Os homens partem para uma grande operação militar no norte. Evita fica sozinha e, no desespero de tentar compreender o que modificou Luís, procura a companhia de Helena, a mulher de Forza Leal. Submissa e humilhada, Helena é prisioneira na sua casa onde cumpre uma promessa. É ela quem revela o lado negro de Luís... Perdida num mundo que não é o seu, Evita apercebe-se da violência de um tempo colonial à beira do fim. Um tempo de guerra, de perda e de culpa.
Com um elenco bastante interessante, onde destaco a cada vez melhor Beatriz Batarda, este filme estreou em Portugal com críticas positivas. Um dos últimos filmes portugueses estreados em Portugal

Sábado, 23:00, 2:

Hidden Dragon Crouching Tiger (2000) de Ang Lee



Esta é a história de duas mulheres, ambas excelentes lutadoras, cujos destinos se cruzam de forma trágica durante a dinastia Ching. Uma delas tenta desesperadamente libertar-se das restrições que a sociedade lhe impõe, mesmo que isso signifique desistir de todos os privilégios que o seu nascimento aristocrático lhe conferiu. A outra, que sempre viveu em prol da justiça, decência e honra, só demasiado tarde descobre as consequências de renegar o amor e não o viver plenamente.
Nomeado para diversos óscares, este filme de Ang Lee fez furor um pouco por todo o mundo e é, sem duvida, uma obra obrigatória.

Domingo, 14:45, TVI

Pirates of the Caribbean: The Curse of The Black Pearl (2003) de Gore Verbinski



Barbossa é capitão do Pérola Negra, um navio de piratas vítima de uma maldição. Para a quebrar, os piratas, verdadeiros mortos-vivos cuja condição de esqueletos é revelada pelo luar, precisam de reaver todas as moedas de ouro azteca contidas numa arca de pedra, que a seu tempo possuíram mas que acabaram por gastar. Precisam igualmente de verter sangue do homem que os amaldiçoou...
Um dos filmes sensação de 2004, este filme tem desde logo a mais-valia de ter oferecido a Johnny Depp a sua primeira nomeação ao Oscar.

6ª feira, 22:45, Lusomundo Happy

[Sinopses: 7arte.net]

sexta-feira, dezembro 02, 2005

Nas salas esta semana

DESTAQUE DA SEMANA
Oliver Twist

De ROMAN POLANSKI, Com BEN KINGSLEY e Barney Clark

O muito aguardado regresso de Polanski depois do êxito de O Pianista é sem qualquer dúvida o grande destaque desta semana. A carreira comercial americana foi um fracasso e nem a crítica foi particularmente elogiosa, mas o nome do seu autor coloca esta obra à frente de qualquer outra que nos chegou estes dias às salas... Além de que o conto de Charles Dickens é um magnífico ponto de partida para uma obra interessante.

Outras Estreias:
An Unfinished Life

Do adorado pela Academia, Lasse Hallström, chega-nos um projecto que esteve demasiado tempo na prateleira (esteve para estrear em finais de 2003!!!). O elenco é de luxo (Robert Redford, Morgan Freeman e Jennifer Lopez) e teria tudo para afradar na próxima cerimónia dos Oscars, caso não tivesse sido recebido com tanta indiferença.

The Exorcism of Emily Rose
O elenco com Laura Linney, Tom Wilkinson e Campbell Scott desperta a curiosidade para esta obra de horror, sobre bruxaria e tribunais. Teme-se que seja mais uma daquelas obras de terror vazias, destinadas apenas a provocar um ou dois sustos nos espectadores mais sensíveis. Mas também pode ser uma boa surpresa dentro do género. O que parece certo é que irá conquistar o seu público em Portugal. Nos EUA funcionou com considerável sucesso.

Just Like Heaven
Comédia romântica com dois actores habitualmente óptimos naquilo que fazem: o excelente Mark Ruffalo e a próxima de estar nomeada para o Oscar Reese Witherspoon. Não deve trazer nada de novo ao género e tem ar de ser o filme para ir ver com a namorada. Ao menos o elenco deve ajudar a passar bem o tempo.

Rois et Reine
Arnaud Desplechin está de regresso aos ecrãs nacionais depois de Esther Kahn. À partida estaremos diante de uma comédia dramática sobre o amor, a morte e a loucura. Temos Emmanuelle Devos e Catherine Deneuve, alem de Mathiew Amalric, vencedor do César de Melhor Actor com o seu desempenho nesta obra. Talvez seja dos mais interessantes da semana.